quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

CRÍTICA | MINHA VIDA DE ABOBRINHA


Minha Vida de Abobrinha (Ma Vie de Courgette) estreia nesta quinta-feira (02/Fevereiro/2017) nos cinemas nacionais. O filme animação stop-motion será exibido apenas em versões legendadas com áudio original em Francês. O filme, dirigido por Claude Barras, conhecido no mercado cinematográfico (principalmente Francês) por outras animações e stop-motions, conta a história do garoto Icare “Abobrinha” (Courgette, em Francês).

Abobrinha vivia numa casa apenas com sua mãe. Após um acidente, Abobrinha, conhece o policial Raymond que o levará para morar em um lar com “crianças como ele”, um orfanato. Ao chegar neste orfanato, Abobrinha, não vê muitas chances de ser uma criança feliz. Ele conhece outras crianças e um garoto chamado Simon, que age como chefe do local e gosta de importunar outras crianças. Apesar de alguns desentendimentos após uma demonstração de força, por parte de Abobrinha, as crianças tornam-se amigas. Abobrinha se torna cada vez mais próximo do policial Raymond, que costuma ir visitá-lo, até um dia em que chega uma nova garota no orfanato, Camille, e Abobrinha se apaixona por ela. As histórias das crianças começam a se tornar mais próximas, que passam a novas convivências e experiências. A vida no orfanato não é das mais fáceis, mas é boa o suficiente para se divertirem juntos, mas nem tudo é tão simples e feliz quanto o coração de uma criança gostaria, e essas crianças devem aprender rápido a lidar com mais diversas e pesadas emoções.

A animação embora de conteúdo extremamente pesado, com as histórias das crianças e situações tão reais quanto à própria vida, ainda consegue apresentar tudo num ambiente agradável de assistir. Misturando, na medida certa, humor, romance e tensão “Minha Vida de Abobrinha” promete emocionar aqueles que estiverem abertos a esta experiência diferente. Um filme que chega para provar seu merecimento dentro das indicações de grandes prêmios como o Oscar (Melhor Animação). Em detalhes mais técnicos, o filme apresenta cores extremamente bonitas em tons pastéis que dão a atmosfera certa para o que a história pede e propõe, enquanto a movimentação fluída e jogo de câmera fazem com que você se esqueça de estar vendo um stop-motion (e por que não acrescentar, fazem você se esquecer de que se quer é uma animação, embora as figuras estejam longe de querer ser realista). Para aqueles interessados no estilo de filmes e animações europeias, Minha Vida de Abobrinha trás mais um grande motivo para ser ou se tornar fã desse tipo de longa-metragem; E para aqueles que não conhecem o estilo, estejam abertos e preparados para grandes emoções que não conseguem ser traduzidas nos gêneros Blockbuster. Para os que tiverem curiosidade e coragem, Minha Vida de Abobrinha, não permitirá que você saia do filme da mesma forma que entrou, ela irá te levar através de uma jornada de emoções e reflexões sobre a vida, preconceitos e as relações humanas, bem como os micro-universos invisíveis que nos rodeiam todos os dias: as histórias de cada um, que nunca paramos para escutar.


NOTA

Confira o trailer:



Crítica escrita por: Arthur Lopes

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