sexta-feira, 1 de abril de 2016

Crítica | Mais Forte que Bombas

TRANQUILO, COM CLIMA PESADO, LONGA COMOVE A TODOS



No novo longa de Joachim Trier, acompanhamos uma história comovente, envolvendo questões familiares, com mensagens muito importantes sobre situações presentes em nosso dia-a-dia.  Talvez nem sempre com alguém tão próximo ou realmente dentro da família, mas todos conhecemos alguém passando por algumas das situações ou conhecemos e não sabemos pelo fato delas mascararem. Com a mesma pegada de Homens, Mulheres & Filhos, de Jaison Raitman, Mais Forte Que Bombas mantém um clima leve para contar um drama que chega a ser bem pesado, usando a calma e o silêncio para expressar o vazio dos sentimentos. 

Jesse Eisenberg se entrega totalmente ao seu personagem, chegando a surpreender em alguns momentos, mas traz consigo seu humor já visto em outros filmes. Gabriel Byrne nos comove por viver a complicada situação de um pai preocupado com o filho, onde o diálogo é bem difícil, se sentindo muitas vezes incapaz e sem saber o que fazer para ajeitar as coisas. No entanto, o destaque fica para Devin Druid, que vive o filho mais novo da família; revoltado, Conrad não fala com o pai e vive fechado em sua bolha, com seus problemas, nos proporcionando ver um outro mundo imaginário e depressivo, típico de uma pessoa solitária em depressão.

A trilha sonora ou ausência dela nos faz entender perfeitamente o sentimento de cada personagem, deixando a trama bem estruturada e comovente. A direção funcionou perfeitamente em combinação com as boas atuações. 

O filme é perfeito para quem gosta de um bom drama inteligente, no entanto pode deixar a desejar para quem se incomoda com um filme mais parado. 

NOTA


Confira o trailer abaixo:


Mais Forte Que Bombas estreia nesta Quinta-Feira, 7 de Abril, nos cinemas nacionais.

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