"Longe de ser um filme ruim, mas mais longe ainda de ser um filme excelente."
Parafraseando o próprio longa-metragem, e ao som de Moonshine – Foy Vance e Kayce Musgrave, “Eu não quero ser um crítico polêmico (gângster), eu parei de exaltar grandes nomes (beijar anéis) há muito tempo.”, mas “A Lei da Noite” me obriga a falar algumas verdades sobre o novo filme dirigido/estrelado/roteirizado(adaptado)/produzido por Bem Affleck. O multi-halibidoso (ator/diretor/roteirista/produtor) novo Batman e antigo Demolidor volta as telas, após adiar a produção do filme para participar de “A Garota Exemplar”, com o filme adaptado do livro homônimo “A Lei da Noite” (Live by Night no original) de Dennis Lehane.

Não podemos nos deixar levar por anacronismos, “A Lei da Noite” tenta retratar uma época extremamente complexa por suas diferenças com o mundo atual, tais como: machismos e racismos, entretanto a própria história original de Dennis Lehane nos mostra um personagem, Joe Coughlin (Ben Affleck), que deveria ser um estranho a essa época, exaltando o poder feminino, mas que perde sua força de crítica e destaque nas telas. O filme tenta nos mostrar essa luta, mas perde sua força, como se deixasse se levar pela época pós Primeira Guerra Mundial, fazendo personagens que deveriam ser fortes serem apagados pelo tempo de tela e exibição do personagem emotivo sem-emoções, Joe Coughlin. Falando de tempo de tela e exibição, parece que o filme confunde quantidade com qualidade, nos mostrando um filme extremamente longo para a história que quer nos contar.
Sem mais adendos e “levem em conta que...” passemos a trama do filme: A época é a década de 20 do século XX (1920, para os perdidos), pós Primeira Guerra Mundial e período da Lei Seca no território norte americano, onde se encontram as principais famílias mafiosas e cartéis da América. Joe Coughlin (Ben Affleck) é o filho mais novo de um respeitado capitão de Polícia, que parte para lutar na guerra como soldado e servidor da pátria. Em tempos de guerra o jovem soldado vê todas atrocidades que somente uma guerra e um front podem proporcionar, a perda de amigos e da fé na humanidade fazem com que o soldado retorne com vida, porém sem desejo de servir mais ninguém, dando origem a sua saga de vida como fora da lei. Dormindo durante o dia e vivendo durante a noite (Sleep by Day and “Live by Night”) cometendo pequenos crimes com um pequeno grupo de amigos, Joe acredita em seu mote de vida: não quero ser um gangster, parei de beijar anéis a muito tempo. Esse mote faz com que Joe não respeite nem a Lei da Cidade, nem a Lei das Ruas (máfias), mas o Amor e um erro (e por que não dizer que são a mesma coisa?) fazem com que Joe se encontre numa situação de submissão e siga as Leis da Noite para tentar voltar a seu estilo de vida “livre”. No fim das contas o que Joe descobre é todo caminho não tem volta, e uma vez feita uma escolha você deve viver por ela, ou morrer tentando...

NOTA
Confira o trailer:
Crítica por: Arthur Lopes Hernandez
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