terça-feira, 24 de março de 2015

Crítica | Ponte Aérea


O cinema nacional tem passado por mudanças surpreendentes, saindo um pouco da comédia e trazendo novos gêneros para as telonas, e mais um filme está chegando para se diferenciar dos demais. No novo filme de Julia Rezende, Ponte Aérea, Caio Blat e Letícia Colin nos envolvem em um incrível românce, quebrando o tradicional formato que estamos acostumados a ver no mercado nacional.

Julia Rezende nos conduz por uma história nas alturas. Bruno, um artista plástico carioca. Amanda, uma publicitária paulista. Pertencentes à "mundos diferentes", Bruno e Amanda se conhecem durante um voo e por acasos do destino, se reencontram e se apaixonam. Vivendo entre Rio de Janeiro e São Paulo, ambos tem que enfrentar o desafio da distância, compromissos e costumes.


Caio Blat atua como um carioca acomodado, que vê sua vida mudando após seu pai ser internado por sofrer um acidente, o que o leva à São Paulo. Tendo um sotaque convincente, Caio também explora o lado turista do carioca, mostrando características do estado não tão conhecidas pelos paulistas e vice versa com Letícia Colin, que atua como uma típica paulista que está sempre na correria, focando no trabalho e um tanto durona devido ao seu cargo e excesso de trabalho.


Além de mostrar claramente as diferenças entre os cariocas e paulistas, o filme vende um Rio de Janeiro e São Paulo de um jeito diferente do que estamos acostumados. Não fazendo questão de vender as cidades turísticas, o filme foca no lado cotidiano das cidades, trazendo algo mais realista e romântico.


Eu diria que um ponto negativo do filme é o excesso de sexo em cena, tendo mais sexo que Cinquenta Tons De Cinza. Um filme nacional pode ser muito mais que sexo, roubo e etc. Pode ser realista, sem mostrar somente as coisas ruins. No entanto, há uma cena de sexo que surpreendeu à todos, justamente por ser em um momento inesperado, um momento triste. No entanto, em coletiva de imprensa, a diretora Julia Rezende nos revelou que tal cena serve para nos mostrar que algumas pessoas quando estão muito tristes, tendem a fazer extremamente o contrário do sentimento, tendo assim a cena de quase estupro que vemos no filme. É uma cena que realmente deixa todos chocados, mas nos faz pensar em como o ser humano reage à diferentes situações.

Foto do elenco em coletiva por: Marcos Barberinne

Sendo um românce, um gênero completamente diferente para o cinema nacional, claro que a trilha sonora não poderia ficar de fora, trabalhando em perfeito contraste para o filme em suas cenas românticas.

NOTA

Confira o trailer abaixo:

Com uma história e final surpreendente, Ponte Aérea, distribuído pela Paris Filmes, chega aos cinemas nesta Quinta-Feira, 26 de Março, prometendo agradar à todos.

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