segunda-feira, 15 de maio de 2017

Crítica | Rei Arthur - A Lenda da Espada

COM DIREÇÃO DE GUY RITCHIE, NOVO FILME DO REI ARTHUR ESTREIA NESTA QUINTA-FEIRA (18)




Mais um filme do Rei Arthur está chegando às telonas e você provavelmente deve estar se perguntando: "Por que assistir?", certo? Bom, nesta crítica você vai encontrar motivos de sobra para se interessar ou se desinteressar de vez. Tudo depende do seu gosto, pois como sabemos, cada um tem seu gênero favorito de filmes.

Dirigido por Guy Ritchie (Sherlock Holmes e Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras), o filme já começa com um clima sombrio, e assim se segue por todo o filme. No entanto, é claro que temos alguns momentos de alívio cômico, o que é outra coisa interessante, pois a maioria deles é feita pelo próprio Rei Arthur (Charlie Hunnam). Ritchie soube conduzir muito bem uma história em que contasse toda a vida de Arthur sem ficar algo monótono, dando uma dinâmica que nos deixa apreensivos e ansiosos para saber qual rumo a história vai tomar.

Junto com a direção, temos a impecável trilha sonora, que colabora muito para o clima construído por Ritchie. Desde o primeiro segundo de filme é possível sentir o impacto que a trilha tem no filme e nos acompanha em momentos de tensão, alívio cômico e aventura.

Como protagonista, temos Charlie Hunnam (Círculo de FogoA Colina Escarlate) na pele de Arthur, interpretando-o de uma forma como nunca imaginamos para um rei. Hunnam nos traz um homem forte, porém com muito bom humor, o que faz com que ele mesmo seja muitas vezes o próprio alívio cômico da história, sem a necessidade de passar isso à personagens secundários. Hunnam também nos traz um homem com atitudes que nunca esperamos de um rei, o que acaba sendo muito interessante, pois muitas vezes nos perguntamos se os reis realmente tinham aquelas atitudes e eram carrancudos ou se agiam apenas como qualquer outro e a sociedade acabou inventando tudo isso como se houvesse um padrão de rei.

Junto com Hunnam, temos Astrid Bergès-Frisbey (Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas ) interpretando a maga. Outro fato interessante deste filme é que há aquele primeiro encontro e pensamos que ambos serão um par romântico, no entanto, ao decorrer do filme, vemos que ela está ali apenas para cumprir seu papel, de forma impecável e muito convincente.

E claro, como vilão, temos ninguém menos que Jude Law (Sherlock Holmes e Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras) trazendo uma personalidade muito forte e convincente a ponto de nos fazer ter raiva e dó ao mesmo tempo. O ápice do ator está em uma cena em que o personagem mostra que por mais que ame intensa e verdadeiramente, ainda assim o poder está acima de seus sentimentos. Não vamos dizer exatamente qual é para não dar spoilers, no entanto é impossível não acreditar na verdade cênica do ator, se comover e parar para refletir se o poder realmente é tudo e se vale mais que o amor ou compaixão ao próximo, pois querendo ou não, hoje em dia ainda vivemos isso de formas mais leves e disfarçadas.

O filme pode te confundir um pouco em vários momentos, pois enquanto se está contando a história, temos vários flashbacks e as vezes flashbacks dentro dos flashbacks, então vale a pena avisar para que fiquem atentos, o que não é difícil, pois a história realmente te prende.

Já o ponto fraco do filme fica mais para o final, onde a batalha final ocorre meio em forma de video game, o que eu particularmente acho desnecessário. Com um elenco incrível, direção sensacional e trilha sonora maravilhosa, o fato dessa cena e algumas outras ter um formato de video game é algo que não acho legal, tendo em vista toda a qualidade de produção, pois poderiam fazer algo muito bom sem o uso desse recurso, porém quem ama um game vai adorar ver isso na telona.

NOTA


Confira o trailer:



O filme é indicado para todos aqueles que amam uma história de rei, que amam uma boa direção e trilha sonora e também para quem quer se divertir com os amigos ou ver um filme mais "cabeça".

Rei Arthur - A Lenda da Espada é distribuído pela Warner Bros. e estreia nesta Quinta-feira, 18 de Maio nos cinemas nacionais.

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