quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Crítica | Beleza Oculta

História de superação promete comover a todos



Após perder sua filha, Howard (Will Smith) não sabe como voltar a viver. Sua vida fica completamente sem sentido, sem graça, sem vontades... apenas cinza. Eis que ele começa a escrever cartas para a Morte, para o Tempo e para o Amor, na tentativa apenas de se expressar. No entanto, é quando essas três coisas aparecem em forma de pessoas que sua vida começa a mudar novamente.

Dirigido por David Frankel (O Diabo Veste Prada, Marley & Eu), o longa, apesar de ter um tema pesado, é delicado e contado de forma extremamente leve em meio ao clima natalino, época em que a história se passa. Com aquele toque de trilha sonora que faz todos se encantarem e se comoverem, você com certeza vai chorar em algum momento do filme, seja por uma lembrança, um sentimento ou pela tristeza oculta por trás da alegria. 

O filme, de primeiro momento é mais focando em Whit (Edward Norton), um cara de meia idade cuja relação com a filha está péssima por conta de sua separação com a esposa lá no passado; Claire (Kate Winslet), uma mulher forte que dedicou sua vida toda à carreira e agora está ficando sem tempo para ter o filho que tanto queria; e Simon (Michael Peña), que está em seus últimos tempos de vida. A história começa a ganhar mais dinâmica quando entra em cena Brigitte (Helen Mirren), interpretando a Morte da forma mais divertida que podemos ver; Amy (Keira Knightley), nos trazendo o Amor e seus conflitos; e Raffi (Jacob Latimore), fazendo qualquer um questionar sobre o Tempo. Mas é somente quando Madeleine (Naomie Harris) entra em cena, que vemos Howard (Will Smith) desenvolvendo mais seu personagem.

Em questão atuação, tudo se encaixa perfeitamente bem, no entanto o problema está um pouco no roteiro. Apesar de ter uma linda mensagem e tudo ser tão poético e maravilhoso, alguns personagens poderiam ter sido mais aproveitados e explorados (principalmente contando pelo fato de que o filme tem vários nomes conhecidos), assim como o desfecho de alguns deles, que ficou meio jogado no ar.

Outra coisa que me incomodou foi o título, que no original é Collateral Beauty (Beleza Colateral), o que na história acaba fazendo muito mais sentido do que apenas Beleza Oculta e acaba dando um toque positivo a mais em relação ao que o filme quer dizer.

Porém, o filme ainda é lindo e vale a pena ser visto tanto com a família quanto com os amigos.

NOTA

Confira o trailer


Beleza Oculta será distribuído pela Warner Bros. e estreia nesta Quinta-feira, 26 de Janeiro, nos cinemas nacionais. Não esqueça de deixar seu comentário e nos dizer o que achou do filme!

Crítica | Até o Último Homem

Filme traz Andrew Garfield como protagonista




Baseado em fatos reais, Até o Último Homem (título original: Hacksaw Ridge) conta a história do soldado Desmond T. Doss (Andrew Garfield), o primeiro a se recusar a entrar em campo de guerra portando uma arma e também o primeiro a receber uma medalha de honra pelo congresso. Na Segunda Guerra Mundial, durante a Batalha de Okinawa, Doss serviu ao exército dos EUA como médico e se recusava a matar ou até mesmo bater em alguém.

A direção do filme fica por conta de Mel Gibson (vencedor do Oscar por Coração Valente), que nos leva por um lado bem sombrio das guerras. Ao contrário de muitos filmes do gênero, Gibson mostra o verdadeiro horror a quem gostar ou não com cenas cheio de sangue, órgãos, explosões, assim como tomadas cheias de ação por vários minutos enquanto um ataque acontece. Se você tem aquela imagem bonita de guerras de filme, esqueça! Neste filme, você verá o que é o horror de um ataque, o horror de querer voltar pra casa e o horror de dar de cara com o inimigo quando você menos espera.


A trilha sonora do filme só serve para nos deixar mais aflitos conforme os fatos vão ocorrendo e apesar de ser tudo muito bom no filme, talvez alguns efeitos especiais deixem a desejar. No entanto, acredito ser este o único ponto fraco do filme e em momentos bem isolados, já que boa parte do filme é de explosões em batalha e essas são de nos comover e pular da cadeira.

Sobre a atuação de Andrew Garfield eu sou suspeito para falar... até o fim do filme acreditei que ele teria potencial para dar mais de si e ser melhor para o personagem que estava fazendo, no entanto, foi ao final do filme, quando os depoimentos do verdadeiro Desmond T. Doss começaram que eu entendi o quanto Garfield estava extremamente fiel ao herói que foi Desmond T. Doss. Portanto concluo aqui dizendo que o ator fez um trabalho impecável se tratando de retratar um fato verídico, passando todas as características do herói que viveu, assim como consegue nos comover e torcer por ele durante o filme todo.

A mensagem que Doss nos trouxe é uma das mais maravilhosas que um ser humano podia trazer. Se recusando a portar uma arma, o herói também se recusava a qualquer tipo de agressão, inclusive quando era agredido... ele não revidava. Doss acreditava que agressão só gerava mais agressão e todo mundo o tratava como um verdadeiro loser, porém foi este mesmo loser que salvou tantas vidas e fez história.

O filme é lindo e vale a pena ser conferido tanto como aprendizado social, como aprendizado social, assim como apenas por diversão mesmo. Por conta da situação, o longa também lhe garantirá vários momentos descontraídos e engraçados, quebrando um pouco (na medida certa) todo aquele clima tenso da guerra.

NOTA

Confira o trailer


Também estão no elenco Teresa Palmer (Meu Namorado é um Zumbi), Sam Worthington (Avatar), Vince Vaughn (De Repente Pai), Luke Bracey (O Melhor de Mim), Rachel Griffiths (Ela dança. Eu danço), Ryan Corr (Promessas de Guerra) e Hugo Weaving (Matrix). O roteiro é da experiente dupla Andrew Knight (Promessas de Guerra) e Robert Schenkkan (O Americano Tranquilo). Até o Último Homem será distribuído pela Diamond Films e estreia nesta Quinta-feira, 26 de Janeiro nos cinemas nacionais.